Cartas Para Oliver
- Bianca Siqueira
- Apr 7, 2023
- 2 min read
17 de setembro de 2020
Filho,
Recentemente descobri que os pais pouco sabem sobre ser pais, e eu não sou muito diferente. Ser mãe é uma coisa muito maluca, cheia de momentos bons e ruins. Ninguém te oferece um manual, ninguém te dá um método pronto de "como ser uma boa mãe". Para ser franca, ninguém diz muitas coisas básicas que a gente tem que aprender sozinho, sobre ser mãe, ser filho, ser humano... A vida tem dessas. E olha... não é fácil. Ser é muito cansativo.
No processo de me conhecer, muitas vezes não entendi (e ainda não entendo) o que levou seus avós a agirem da forma que agiram, a tomarem as decisões que até hoje permeiam nossas histórias. E descobri que nem todas as histórias bonitas tem tudo dando certo: são os nossos maiores erros que nos ensinam as coisas mais importantes em nossas vidas.
Num momento de profundo desespero e de me ver sozinha, comecei a escrever. Me parecia um ótimo jeito de me conectar a você. De unir minhas memórias e visões da vida, e também guardar um pouco de você, que está sempre crescendo.
Portanto, deixo aqui registradas minhas cartas, que dificilmente serão perdidas como as de papel, para num futuro muito menos distante do que eu gostaria, você leia e entenda um pouco de mim e da sua história, das nossas lembranças, e do meu amor imenso por você.
te amo

Letters to Oliver
September 17, 2020
Son,
I've recently discovered that parents know little about parenting, and I'm not much different. Being a mother is a very crazy thing, full of good and bad moments. Nobody offers you a manual; nobody gives you a ready-made method of "how to be a good mother." To be honest, nobody says many basic things that we have to learn on our own about being a mother, being a son, being a human being... There are those things in life. And look... it's not easy. Being is very tiring.
In the process of getting to know me, many times I didn't understand (and still don't understand) what led your grandparents to act the way they did, to make the decisions that permeate our stories to this day. And I discovered that not all beautiful stories have everything working out: it's our biggest mistakes that teach us the most important things in our lives.
In a moment of deep despair and seeing myself alone, I started to write. It seemed like a great way to connect with you. To unite my memories and visions of life and also to keep a little bit of you, which is always growing.
Therefore, I leave my letters registered here, which are unlikely to be lost like those on paper, so that in a much less distant future than I would like, you can read and understand a little about me and your history, our memories, and my imme
nse love for you.
I love you
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